O mercúrio é um metal de cor prateada, em estado líquido na temperatura ambiente e se solidifica a -38,4ºc, esta propriedade deu-lhe na China o apelido de “Prata Líquida”. A sua densidade relativa situada nos 13,55dá-lhe etrada nos metais pesados.
Metal não ferroso, é muito raro na natureza em estado puro, encontrando-se presente sob a forma de sulfuro no cinábrio, mineral vermelho vivo do qual é extraído.
O mercúrio é utilizado já antes do século passado no tratamento da sífilis, entra na composição de diversos medicamentos da época.
Na actividade, utiliza-se na fabricação de numerosos produtos como termómetros, barómetrs pilhas eléctricas; é utilizado tambémem algumas ligas metálicas-amalgamas-, estanhagem de espelhos, etc.
Após a sua extração do mineral ao qual está associado, este metal, cujos compostos inorgânicos são na sua maior parte tóxicos, contamina de várias formas os ecossistemas. A combustão do carvão, atira para a atmosfera anualmente 3000 toneladas de ercúrio e outras 1600 proveêm da combustão do petrólero. A degradação das rochas produz mais 230 toneladas.
Sob a acção de bactérias anacróbicas, os compostos do mercúrio dão lugar a formas extremamente tóxicas.
Temos como exemplo, alguns fungicidas que contêm sais de mercúrio, com os quais se recobrem as sementes dos cereais. Os pássaros que as comem, absorvem o seu mercúrio, que se acumula nos seus predadores, chegando a causar perturbações fisiológicas evidentes.
Ingeridas por erro, estas sementes, provocaram 8000 mortos no Paquistão em 1971 e 300 no Iraque em 1972.
Evaporando-se a todas as temperaturas, se for libertado numa casa aquecida, através por exemplo de uma ruptura acidental de um termómetro, lentamente dissemina-se pela casa “envenenando o ar”
Genericamente o mercúrio polui o ar do planeta encontrando-se os seus vestígios até nos gelos da Antárctica.
No organísmo, o mercúrio e seus sais, provoca em alguns casos, erupções cutâneas acompanhadas por comichão com ardor, febre e perturbações.
Uma parte do mercúrio e dos seus sais acumulam-se no organismo, sendo o resto eliminado com aurina, fezes e transpiração. Sendo solúveis nas gorduras, os compostos orgânicos do mercúrio atacam o sistema nervoso, criando irritabilidade, nervosísmo, dores de cabeça e convulsões. O envenenamento por mercúrio causa o enfraquecimento dos múculos, a perda de visão e a morte.
Além de no peixe, que não pode conter mais de 0,5mg de mercúrio por kilo para não causar perigo à saúde, também e alimentos como as aves de capoeira (quando alimentadas com farinha de peixe), nos cogumelos, em alguns tipos de pão integral e massa se pode encontrar mercúrio tendendo-se hoje a reduzir drásticamente a sua utilização por ser altamente tóxico.
Existe uma única mina no mundo da qual se extrai o mercúrio.
De acordo com professor Joel Sígolo, da USP, ela fica na Espanha, na cidade de Almaden.
Do local, extrai-se o mineral cinábrio
(sulfeto de mercúrio), um composto químico
de origem inorgânica, formado também pelo enxofre.
Posteriormente, em processo siderúrgico,
o enxofre é removido e o mercúrio puro
é obtido em sua forma natural (líquida).
A progressiva utilização do mercúrio para fins industriais e o emprego de compostos mercuriais durante décadas na agricultura resultaram no aumento significativo da contaminação ambiental, especialmente da água e dos alimentos.
Uma das razões que contribuem para o agravamento dessa contaminação é a característica singular do Ciclo do Mercúrio no meio ambiente. A biotransformação por bactérias do mercúrio inorgânico a metilmercúrio é o processo responsável pelos elevados níveis do metal no ambiente.
O mercúrio é um líquido inodoro e de coloração prateada. Os compostos mercúricos apresentam uma ampla variedade de cores.
Nos processos de extração, o mercúrio é liberado no ambiente principalmente a partir do sulfeto de mercúrio. O mercúrio e seus compostos são encontrados na produção de cloro e soda caústica (eletrólise), em equipamentos elétricos e eletrônicos (baterias, retificadores, relés, interruptores etc), aparelhos de controle (termômetros, barômetros, esfingnomanômtros), tintas (pigmentos), amálgamas dentárias, fungicidas (preservação de madeira, papel, plásticos etc), lâmpadas de mercúrio, laboratórios químicos, preparações farmacêuticas, detonadores, óleos lubrificantes, catalisadores e na extração de ouro.
O trato respiratório é a via mais importante de introdução do mercúrio. Esse metal demonstra afinidade por tecidos como células da pele, cabelo, glândulas sudoríparas, glândulas salivares, tireóide, trato gastrointestinal, fígado, pulmões, pâncreas, rins, testículos, próstata e cérebro.
A exposição a elevadas concentrações desse metal pode provocar febre, calafrios, dispnéia e cefaléia, durante algumas horas. Sintomas adicionais envolvem diarréia, cãibras abdominais e diminuição da visão. Casos severos progridem para edema pulmonar, dispnéia e cianose. As complicações incluem enfisema, pneumomediastino e morte; raramente ocorre falência renal aguda.
Pode ser destacado também o envolvimento da cavidade oral (gengivite, salivação e estomatite), tremor e alterações psicológicas. A síndrome é caracterizada pelo eretismo (insônia, perda de apetite, perda da memória, timidez excessiva, instabilidade emocional). Além desses sintomas, pode ocorrer disfunção renal.
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