
Uma das principais tradições das festas de Natal e Réveillon é cear com a família e com os amigos. Entretanto, alimentos mal condicionados ou manipulados sem o cuidado necessário podem ser fontes de doenças. Por isso, a Secretaria da Saúde de de São Paulo decidiu fazer um alerta à população para garantir que as confraternizações nesta época do ano não se transformem, literalmente, em uma dor de barriga.
O primeiro cuidado a ser tomado com o preparo de uma refeição é com relação à temperatura dos alimentos. Segundo a médica Maria Bernadete de Paula Eduardo, responsável Divisão de Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentos da Secretaria, o ideal é deixá-los aquecidos a 70º ou dentro de geladeira.
Nos alimentos deixados em temperatura ambiente pode haver o crescimento de bactérias ou de suas toxinas, que causam diarreias e vômitos. Por isso, a especialista recomenda que as refeições permaneçam, no máximo, duas horas fora de refrigeração.
“Além disso, não é recomendável deixar as sobras de comida em cima do fogão ou dentro de um forno desligado, mas guardá-las o mais rapidamente possível na geladeira”, ressalta Maria Bernadete.
Também há necessidade de cuidado redobrado com refeições à base de ovo, uma fonte em potencial para a transmissão da Salmonella Enteritidis, bactéria responsável por 50% dos casos de gastroenterites. “Por isso, é importante que a população não consuma ovos mal cozidos ou crus e pratos realizados à base de claras e gemas cruas”, orienta a especialista.
Por fim, Maria Bernadete ainda adverte sobre os cuidados na hora de consumir tortas e salgados. Quando não assados corretamente, sem que a temperatura atinja o recheio, podem alojar a bactéria Clostridium botulinum, causadora do botulismo, doença perigosa que pode provocar paralisia flácida das pálpebras, falta de ar, fraqueza muscular de braços e pernas, além de dificuldade para falar ou engolir. Se não tratada a tempo, pode levar até a morte.
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