Se hoje a cachaça é um dos orgulhos do País, no século 17 foi o pesadelo dos nossos colonizadores. Mal éramos um esboço de nação e já tínhamos descoberto a bebida da cana. Não demorou para, em 1635, a Coroa proibir seu consumo. Como o veto não pegou, na década seguinte tentou-se proibir a comercialização.
Toda essa preocupação não tinha nada a ver com a ordem pública. O problema era não comprar de Portugal vinho e bagaceira, uma aguardente rival, feita de uva. Cansada de fazer vistas grossas, em 1659, a Metrópole mandou destruir alambiques e tacar fogo em navios exportadores de cachaça.Tentando se aproveitar, um governador local criou altas taxas para o produto proibido. Claro que acabou em confusão. Alambiqueiros gostavam mesmo era de tomar vinho português, mas, em favor de seus bolsos, agitaram a Revolta da Cachaça, no Rio de Janeiro, em 13 de setembro de 1661. Ganharam a luta com a liberação da nossa aguardente. Por causa disso, em lei do ano passado, 13 de setembro passou a ser Dia Nacional da Cachaça.Apelidada de abrideira, bagaceira, cana, caninha, água benta, água que passarinho não bebe, birita, engasga-gato, goró, marvada, pinga, purinha, entre outros, a bebida extraída da cana-de-açúcar já faz parte da tradição brasileira. Por este motivo, a Câmara dos Deputados aprovou, em outubro do ano passado, a lei que decreta 13 de setembro o Dia Nacional da Cachaça.
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