- Liberte-se da chapinha! A Alice de Burton não é mais uma menininha. Ela cresceu, tem 19 anos e uma alma independente pra uma Londres vitoriana – por isso, nada de cabelos lisos, olhos azuis, avental por cima do vestido, meias brancas ou sapato boneca. A personagem de Mia Wasikowska tem cabelos ondulados, olheiras sob olhos castanhos e botas brancas com detalhes em preto – que são um charme! Tipo neo grunge!
- Vencedora de 2 estatuetas do oscar (”Chicago” e “Memórias de uma Gueixa”) e colaboradora de longa data de Burton, Colleen Atwood ficou a cargo dos figurinos de Alice. Como a personagem principal diminui e aumenta de tamanho o tempo todo, ela teve de construir uma série de vestidos de cartela azul pálido – e até mesmo uma armadura! Pra Rainha Vermelha, repare: ela pensou em detalhes fofos, como os corações na sola dos pés da malvada.
- Helena Bonham Carter rouba a cena. Pra viver a Rainha Vermelha, a atriz passou todas as manhãs por uma sessão de 3 horas de maquiagem com direito a muito pó branco, quilos de sombra azul, cílios postiços, sobrancelhas finas e boca em coração: uma perfeita drag queen. Pra completar, Helena teve sua cabeça aumentada digitalmente pra ganhar o formato de coração!
- Em filme de Tim Burton, Johnny Depp não pode faltar! Muito tempo antes do início das filmagens, o ator fez uma série de pinturas pra construir o Chapeleiro Maluco que levou às telas. Com direito a ter seus olhos aumentados em até 15% digitalmente, dentinhos separados à la Madonna, cabelos e vastas sobrancelhas ruivíssimas… Mas o destaque mesmo são os chapéus que ele produz pra Rainha Vermelha e aparecem rapidamente em uma das cenas! Sim, o Chapeleiro realmente faz chapéus!
- Anne Hathaway está quase irreconhecível como a caricata Rainha Branca, não fosse suas sobrancelhas escuras. A atriz se inspirou em Greta Garbo, Blondie, Dan Flavin e Norma Desmond pra viver uma rainha “punk rock vegan pacifista”, segundo a própria. E com os cabelos branquérrimos.
- A trilha sonora tem música exclusiva dos escoceses do Franz Ferdinand. E ainda conta com Robert Smith, Wolfmother e Avril Lavigne.
- Pouca gente sabe, mas Alice é o 2º filme em 3D de Tim Burton. O primeiro foi “O Estranho Mundo de Jack“, que não ganhou nenhuma exibição no formato no Brasil. E nada mais daqueles óculos com uma lente vermelha e uma azul: agora os óculos 3D mais parecem o Rayban Wayfarer!
Ser goiano
Ser goiano é carregar uma tristeza telúrica num coração aberto de sorrisos. É ser dócil e falante, impetuoso e tímido. É dar uma galinha para não entrar na briga e um nelore para sair dela. É amar o passado, a história, as tradições, sem desprezar o moderno. É ter latifúndio e viver simplório, comer pequi, guariroba, galinhada e feijoada, e não estar nem aí para os pratos de fora.
Ser goiano é saber perder um pedaço de terras para Minas, mas não perder o direito de dizer também uai, este negócio, este trem, quando as palavras se atropelam no caminho da imaginação.
O goiano da gema vive na cidade com um carro-de-boi cantando na memória. Acredita na panela cheia, mesmo quando a refeição se resume em abobrinha e quiabo. Lê poemas de Cora Coralina e sente-se na eterna juventude.
Ser goiano é saber cantar música caipira e conversar com Beethoven, Chopin, Tchaikovsky e Carlos Gomes. É acreditar no sertão como um ser tão próximo, tão dentro da alma. É carregar um eterno monjolo no coração e ouvir um berrante tocando longe, bem perto do sentimento.
Ser goiano é possuir um roçado e sentir-se um plantador de soja, tal o amor à terra que lhe acaricia os pés. É dar tapinha nas costas do amigo, mesmo quando esse amigo já lhe passou uma rasteira.
O goiano de pé-rachado não despreza uma pamonhada e teima em dizer ei, trem bão, ao ver a felicidade passar na janela, e exclama viche, quando se assusta com a presença dela.
Ser goiano é botar os pés uma botina ringideira e dirigir tratores pelas ruas da cidade. É beber caipirinha no tira-gosto da tarde, com a cerveja na eterna saideira. É fabricar rapadura, Ter um passopreto nos olhos e um santo por devoção.
O goiano histórico sabe que o Araguaia não passa de um "corgo", tal a familiaridade com os rios. Vive em palacetes e se exila nos botecos da esquina. Chupa jabuticaba, come bolo de arroz e toma licor de jenipapo. É machista, mas deixa que a mulher tome conta da casa.
O bom goiano aceita a divisão do Estado, por entender que a alma goiana permanece eterna na saga do Tocantins.
Ser goiano é saber fundar cidades. É pisar no Universo sem tirar os pés deste chão parado. É cultivar a goianidade como herança maior. É ser justo, honesto, religioso e amante da liberdade.
Brasilia em terras goianas é gesto de doação, é patriotismo. Simboliza poder. Mas o goiano não sai por aí contando vantagem.
Ser goiano é olhar para a lua e sonhar, pensar que é queijo e continuar sonhando, pois entre o queijo e o beijo, a solução goiana é uma rima.
(José Mendonça Teles. Crônicas de Goiânia. Goiânia: Kelps, 1998)
sábado, 20 de março de 2010
7 Curiosidades sobre Alice no País das Maravilhas
O filme Alice no País das Maravilhas dirigido por Tim Burton, apresenta 7 curiosidades e dicas de moda bem interessantes, citada por Lilian Pacce. Ainda assim, ela lista alguns motivos para que você não perca essa estreia no cinema, e assista a um dos filmes mais aguardados deste ano, que tem estreia prevista (no Brasil) para o dia (23/04). Confira!
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