O basilisco
Na Idade Média, grande era o medo do basilisco, esse monstro híbrico, metade galo e metade serpente, considerado como uma manifestação da Satanás.
Na época, ficava-se aterrorizado só com a ideia de se cruzar com o seu olhar fulminante ou de respirar o seu hálito envenenado. As únicas armas de defesa poderiam ser tanto um globo de vidro como um espelho onde o monstro pudesse ver o seu próprio olhar.
Iluminura medieval representando um basilisco
O basilisco representava o mal, sugerido pela monstruosidade das suas origens contra-natura: teria nascido dum ovo esférico, posto por um galo velho e chocado no meio de estrume por um sapo.
Associado à serpente, o basilisco era o instigador do pecado que só Cristo teria a capacidade de aniquilar (Gn 3:15; SI 90:12-13).
O sapo
Por vezes confundido com a rã, o sapo é o oposto daquela. Este animal feio que surge no momento do crepúsculo, era considerado demoníaco, devotado às trevas. A rã, animal diurno, pode sugerir um simbolismo positivo, mas, quando não era entendida dessa forma, era considerada também uma manifestação diabólica.Iluminura medieval representando um basilisco
"A pessoa que não lê, mal fala, mal ouve, mal vê". (Malba Tahan)
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Ser goiano
Ser goiano é carregar uma tristeza telúrica num coração aberto de sorrisos. É ser dócil e falante, impetuoso e tímido. É dar uma galinha para não entrar na briga e um nelore para sair dela. É amar o passado, a história, as tradições, sem desprezar o moderno. É ter latifúndio e viver simplório, comer pequi, guariroba, galinhada e feijoada, e não estar nem aí para os pratos de fora.
Ser goiano é saber perder um pedaço de terras para Minas, mas não perder o direito de dizer também uai, este negócio, este trem, quando as palavras se atropelam no caminho da imaginação.
O goiano da gema vive na cidade com um carro-de-boi cantando na memória. Acredita na panela cheia, mesmo quando a refeição se resume em abobrinha e quiabo. Lê poemas de Cora Coralina e sente-se na eterna juventude.
Ser goiano é saber cantar música caipira e conversar com Beethoven, Chopin, Tchaikovsky e Carlos Gomes. É acreditar no sertão como um ser tão próximo, tão dentro da alma. É carregar um eterno monjolo no coração e ouvir um berrante tocando longe, bem perto do sentimento.
Ser goiano é possuir um roçado e sentir-se um plantador de soja, tal o amor à terra que lhe acaricia os pés. É dar tapinha nas costas do amigo, mesmo quando esse amigo já lhe passou uma rasteira.
O goiano de pé-rachado não despreza uma pamonhada e teima em dizer ei, trem bão, ao ver a felicidade passar na janela, e exclama viche, quando se assusta com a presença dela.
Ser goiano é botar os pés uma botina ringideira e dirigir tratores pelas ruas da cidade. É beber caipirinha no tira-gosto da tarde, com a cerveja na eterna saideira. É fabricar rapadura, Ter um passopreto nos olhos e um santo por devoção.
O goiano histórico sabe que o Araguaia não passa de um "corgo", tal a familiaridade com os rios. Vive em palacetes e se exila nos botecos da esquina. Chupa jabuticaba, come bolo de arroz e toma licor de jenipapo. É machista, mas deixa que a mulher tome conta da casa.
O bom goiano aceita a divisão do Estado, por entender que a alma goiana permanece eterna na saga do Tocantins.
Ser goiano é saber fundar cidades. É pisar no Universo sem tirar os pés deste chão parado. É cultivar a goianidade como herança maior. É ser justo, honesto, religioso e amante da liberdade.
Brasilia em terras goianas é gesto de doação, é patriotismo. Simboliza poder. Mas o goiano não sai por aí contando vantagem.
Ser goiano é olhar para a lua e sonhar, pensar que é queijo e continuar sonhando, pois entre o queijo e o beijo, a solução goiana é uma rima.
(José Mendonça Teles. Crônicas de Goiânia. Goiânia: Kelps, 1998)
terça-feira, 4 de agosto de 2009
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