

1,6 MILHÃO DE BRASILEIROS VOLTA ÀS CLASSES “ D e E”
Após crescer dez pontos percentuais entre 2006 e 2007, período de forte expansão da economia brasileira, a classe C registrou, no ano passado, uma queda de 46% para 45% da população do país. Com isso, 1,6 milhão de brasileiros retornou para as classes D e E ao longo de 2008. Os dados fazem parte da pesquisa Observador, divulgada ontem pela financeira Cetelem. Eles vão na contramão do levantamento anterior (2006/2007), quando cerca de 20 milhões de pessoas haviam migrado para a classe média, elevando sua participação de 36% para 46%.O estudo mostra que, enquanto a classe média encolheu de 86,207 milhões para 84,621 milhões de pessoas, as camadas D e E, menos favorecidas, cresceram de 72,941 milhões para 75,822 milhões. Valor Econômico
COMENTÁRIO
No reino lulístico a extinção da espécie começou com o Bolsa Família que promoveu miseráveis a pobres, e estes, a classe média, com a ajuda da FGV que mudou os patamares de renda das classes em 2008. Um belo dia, milhões de brasileiros acordaram e descobriram perplexos, que eles só eram pobres por pura falta de informação.
Mais da metade do país, de acordo com a nova realidade, era formada por uma “classe média emergente” [com renda per capita familiar de R$ 1.064], que até então se sentia pobre, desnecessariamente.
Voltando à realidade dos fatos:
Se considerarmos essa fantasia da FGV de 2008, versus o resultado dessa pesquisa Observador [que aponta o encolhimento da classe média e o crescimento das classes D e E], tente calcular a avalanche dos “novos pobres” do Lula, voltando a classe miserável - que deve estar ainda mais miserável do que sempre foi. E faz sentido. Tanto faz, que Lula vai aumentar de novo a esmola do Bolsa Família. Por Arthur/Gabriela
DESEMPREGO ATINGE 67% DOS JOVENS BRASILEIROS
O mercado de trabalho para os jovens brasileiros é marcado por altos índices de informalidade e de desemprego, de acordo com estudo divulgado ontem pela Organização Internacional do Trabalho (OIT). De acordo com o relatório "Trabalho Decente e Juventude no Brasil", 67,5% dos jovens entre 15 e 24 anos estavam desempregados ou na informalidade em 2006.
Os dados, que têm como base a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) de 1992 a 2006, apontam que o déficit era maior entre mulheres jovens (70,1%) do que entre homens jovens (65,6%). O índice também era mais acentuado entre jovens negros (74,7%) do que para jovens brancos (59,6%). As jovens mulheres negras vivem o que a OIT considera "situação de dupla discriminação" - de gênero e raça. O desemprego e a informalidade alcançavam 77,9% das integrantes desse grupo.
Para a diretora do escritório da OIT no Brasil, Laís Abramo, os números podem se agravar ainda mais diante da crise econômica. Ela lembra que o Brasil vive, atualmente, um processo de geração de empregos formais, mas em ritmo muito inferior ao que vinha sendo registrado nos últimos anos.
Segundo ela, os avanços na agenda de emprego para a juventude foram importantes, mas as desigualdades regionais, de gênero e de raça permanecem. Laís acredita que o desafio consiste não apenas em elevar os graus de escolaridade no país, mas em melhorar a qualidade da educação.
A pesquisa indica que 7% dos jovens brancos tinham baixa escolaridade e que o número mais do que dobrava (16%) para os jovens negros. Em relação à jornada de trabalho dos 22 milhões de jovens economicamente ativos, 30% trabalhavam mais de 20 horas semanais, o que, em muitos casos, prejudicava o desempenho escolar.
"Há uma espécie de círculo vicioso: o jovem não entra no mercado porque não tem experiência, mas para ter experiência ele precisa estar dentro do mercado. Medidas de aprendizagem são importantes para romper essa barreira", diz Laís. Agência Brasil, de Brasília Valor Econômico
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