
Passada a histeria quase universal pela morte de Michael Jackson, o Brasil volta à normalidade. Novos escândalos surgem, somam-se aos que se consolidam e tumultuam a política brasileira.
Um deles é idêntico aos abusos de viagens aéreas dos congressistas, talvez tão legal quanto esses, mas não menos imoral, em tempos de cobrança de austeridade. Familiares do presidente viajaram com ele no avião da presidência e foram deixados em Paris, para fruir as delícias do verão parisiense, comprar quinquilharias e gozar as férias até o fim.
Lula, nesse período, retornou a Brasília, recebeu jogadores de futebol em palácio, tratou da crise no Senado, enquadrou a bancada petista e voltou à Itália, para não ter de enfrentar a rebeldia de senadores aliados.
Outra coisa pior lhe aconteceu: O Globo apurou que sua candidata à presidência da República, Dilma Rousseff, titular da Casa Civil, estaria incursa em crime de falsidade ideológica, pelo fato de constar de seu currículo — corrigido após a denúncia — os títulos de doutora e de mestra em economia, que ela, na verdade, não possui.
Tal mentira, que Dilma não soube dizer quem cometera — esse é o jeito de explicar erros, no atual governo —, pode dar samba e animar a campanha de seus adversários na eleição presidencial de 2010. A ministra corrigira, antes, versões mentirosas espalhadas sobre seu passado, mas não vira a que fora plantada no próprio currículo. Não é fantástico?
Com os futebolistas, Lula, imprudente, cochichou no ouvido de Ronaldo, o chamado Fenômeno, um pedido de colaboração aos empresários para ajudarem o Corinthians a construir um centro de treinamento moderno para os atletas desse clube. Em troca de que os empresários atenderiam o favorecimento proposto por Lula ante as câmeras de televisão? Um escândalo!
Paira no ar seco de Brasília outro escândalo assustador: por falta de controle, nos últimos 10 anos nossas dívidas públicas, externa e interna, foram pagas muito acima do devido. Como isso pôde acontecer? Não se sabe. Sabe-se que essa bomba, se verdadeira, deixará o Brasil e seus governos no pico do Himalaia da incompetência e da irresponsabilidade.
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